A renúncia de Jânio em 1961 iniciou a crise que levou ao movimento de 1964
No dia 25 de agosto de 1961, o então presidente Jânio Quadros anunciou a sua renúncia, que foi aceita pelo Congresso. Ele só ficou sete meses no cargo. Cláudio Lembo, que foi secretário jurídico de Jânio, na época da Prefeitura de São Paulo, no segundo mandato, falou ao “Estadão” sobre dois pedidos de renúncia, que Jânio também lhe entregou – e que ele guardou no bolso:
“Ele fazia isso em momentos de tensão ou cansaço. Era aquele cansaço da luta política de quem diz ‘vou embora’. Mas não era para valer. Mas talvez ele imaginava de que surgiriam fortes manifestações populares contra a sua renúncia, com o povo clamando por sua volta ao poder.”
Na época Jânio Quadros alegou a pressão de “forças terríveis” que o obrigavam a renunciar. Com a sua saída, o Brasil entrou em uma série crise. Esta fase crítica prosseguiu no período de João Goulart, e levou ao golpe de 1964, que iniciou a ditadura militar, com 20 anos de duração.
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E veja abaixo duas propagandas políticas da época da eleição de Jânio Quadros:
Canal de Samuel Martins
Canal de Delzymar Dias
Fotos na imprensa da época de Jânio Quadros.
Da esquerda para a direita, Ney Braga (Gov. Paraná), Leonel Brizola (Gov. R.G.Sul), João Goulart (Vice-Pres.) e o presidente Jânio Quadros.
Jânio Quadros sem data.
Jânio sempre criava factóides, como o de mudar o vestuário na presidência.
A polêmica condecoração do guerrilheiro Chê Guevara.
Manchete da renúncia no “Correio do Povo” de Porto Alegre.
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