Memória

Sérgio Ricardo quebrava o violão em um festival em 1967

 

O compositor e cantor Sérgio Ricardo foi vaiado e respondeu quebrando o seu violão em 1967. Foi no Terceiro Festival de Música Popular Brasileira, da antiga TV Record de São Paulo.  Conhecido como um dos principais cantores de protesto dos anos 1960, neste festival ele trouxe uma música que falava de outro tema: o fim de carreira de um jogador de futebol, que acabava esquecido.

O público, que na época esperava músicas de crítica contra o governo, protestou vaiando. Sem poder continuar com a música, Sérgio Ricardo parou, quebrou o seu violão e o jogou na platéia.

Veja o vídeo abaixo:.

 

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Letra de “Beto Bom de Bola”
Sérgio Ricardo

 

 

 

 

Como bate batucada
Beto bate bola
Beto é o bom da molecada
E vai fazendo escola
Tira de letra a pelada
Com bola de meia
Disse adeus à namorada
A lua é bola cheia
A cigana viu azar
Mas Beto não deu bola
E aceitou a proteção
Do primeiro cartola
Nas manchetes de jornal
Bebeto entrou de sola
– Extra !
– O novo craque nacional
– É o Beto Bom de bola

(Bis) – É, é, é ou não é
Até parece o Mané

E foi pra Copa buscar a glória
E fez feliz a nação,
no maior lance da história,

Atenção ! Beto com a bola
Avança o furacão
Zero a zero no placar
É grande a confusão
Vai levando a Leonor
Rompendo a marcação
Driblou dois e agora invade
A zona do agrião
Leva um chute na canela
E vai parar no chão
Se levanta ainda com a bola
Domina o balão
Capengando dribla o béque
Que pertardo , pimba
Gooooool !!
E foi beijar o véu da noiva
O Brasil campeão !

(Bis)- É, é, é ou não é
Até parece o Mané !

E foi-se a Copa e foi-se a glória
E a nação se esqueceu
do maior craque da história

Quando bate a nostalgia
Bate noite escura
Mãos no bolso e a cabeça
Baixa, sem procura
Beto vai chutando pedra
Cheio de amargura
Num terreno tão baldio
O quanto a vida é dura
Onde outrora foi seu campo
De uma aurora pura
Chão batido pé descalço
Mas sem desventura
Contusão, esquecimento
Glória não perdura
Mas,
Se por um lado o bem se acaba
O mal também tem cura

(Bis) – É, é, é ou não é
Até parece o Mané

Homem não chora
por fim da glória
Dá seu recado
enquanto durar sua história.

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